JONGO DA SERRINHA letras.pdf

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Bendito louvado seja meu “zirimão”,
agora mesmo que eu cheguei foi pra saravá.
Bendito louvado seja Senhora Santana,
agora mesmo que eu cheguei foi pra saravá.
Pisei na pedra
(Darcy Monteiro)
Ponto de louvação
voz: Dely Monteiro
1.
Bendito
(Darcy Monteiro)
Ponto de abertura
voz: Lazir Sinval
Pisei na pedra, a pedra balanceou,
levanta meu povo cativeiro se acabou.
Boi preto
(Darcy Monteiro)
Ponto de visaria
Bendito louvado seja,
é o rosário de Maria.
Bendito louvado seja,
é o rosário de Maria.
Bendito pra Santo Antônio,
bendito pra São João,
senhora Santana, saravá meu “zirimão”.
Saravá angoma-puíta, saravá meu candongueiro,
abre caxambu, saravá jongueiro.
Voz: Luiza Marmello
Qué mamá, qué mamá
boi preto, o bezerro qué mamá
Boi preto deixa a vaca passeá
a vaca tá mugindo e o bezerro qué mamá.
Oiá “buru” com cavalo, na cocheira “gungunando”
buru” fala baixo, cavalo fala gritando.
Lambari tá pelejando, pra subir na cachoeira,
tá dizendo pro boi preto que inda tem vaca “sortera”.
Ô lelê galo cantou, lá no fundo do quintal,
a galinha chocou pinto, no meio do capinzal.
bezerro qué mamá = jongueiro quer beber
Eu chorei
(Manuel Bam-Bam-Bam)
Ponto de visaria
2.
Vapor da Paraíba
(Vovó Teresa)
voz: Dely Monteiro
Vapor berrou na Paraíba,
chora eu, chora eu Vovó.
Fumaça dele na Madureira,
e chora eu.
O vapor berrou piuí, piuí.
Ô irê, irê, irê,
ô irê, irê, irê.
(Vovó Teresa conta nesse jongo a sua ida de trem de Paraíba do Sul para o
subúrbio de Madureira. Vendo a fumaça do trem de ferro“Maria-Fumaça”
lembrava das chaminés dos navios do Rio Paraíba)
Eu chorei, eu chorava,
era minha mãe que me acalentava.
Bem pequenininho, mamãe me embalava,
por isso que eu chorei, por isso que eu chorava.
Ia para a rua, na rua eu brigava,
era minha mãe que me consolava.
Meu pai me batia, ai, como apanhava
era minha mãe quem desapartava.
E a professora quando me reprovava,
era minha mãe quem me incentivava.
3.
Guiomar
(Darcy Monteiro e Tião Zarope)
voz: Lazir Sinval e Darcy Monteiro
4.
Caxambu de Sá Maria
(Darcy Monteiro)
Jongo-canção
voz: Luiza Marmello
Ô Guiomar, ô Guiomar
o jongo não é de “ buia” Guiomar,
segura a toada pra durar.
O nosso jongo tem harmonia,
na Balaiada,
o caxambu toca até o raiar do dia,
eu danço jongo umbigando com Sá Maria.
Na beira do poço, onde mora Guiomar,
mamãe sereia mora no fundo do mar,
segura nosso jongo Guiomar,
não deixa o nosso jongo se afundar.
Segura angoma olha a toada,
bate “paó” rapaziada.
Eu improviso o jongo meu camarada,
meu caxambu toca até de madrugada.
Buia = briga
Paó = palma
(Darcy fez esse jongo falando sobre a sua mãe e seu pai Pedro, chamado na letra
de “Pai João”.)
Vamos falar de Sá Maria,
vamos falar com singeleza, sim
Sá Maria na beira do fogão,
cantava caxambu relembrando o seu torrão,
mas ela chorava pra voltar
estava sentindo saudades do seu lugar.
Recordava do candongueiro
batido com maestria por Pai João,
a só... que nesse tempo era moço
e o som vibrava, em seu coração,
com o negro João tirando som do candongueiro,
dentro do terreiro,
com a sua simpatia, fazendo vibrar
o coração de Sá Maria.
5.
Finca tenda (Seu Vito)
(Darcy Monteiro)
voz: Darcy Monteiro
6.
Caxinguelê
(Vovó Maria Joana)
voz: Tia Maria do Jongo
Eu vou falar pro Seu Vito pra fincá tenda aí,
ai ai, finca tenda aí.
Tenda pra caxambu finca tenda aí,
ai ai, finca tenda aí.
Eu vou falar pro presidente,
pra dar um jongo e convidar a toda gente,
Vovó Teresa, ficou contente,
Fuleiro oriçando os bigodes alegremente.
As rezadeiras da Balaiada,
uma fazenda vão recordar,
do caxambu e do candongueiro,
no 13 de maio no terreiro a zoar, falei?
Falou jongueiro.
Ah! Eu fui no mato...
eu fui cortar cipó..
Ah! Eu vi um bicho...
esse bicho era caxinguelê
Eu panhei o côco,
caxinguelê tá me olhando.
Eu levei o côco,
caxinguelê tá me olhando,
Eu parti o côco,
caxinguelê tá me olhando.
Eu comi o côco,
caxinguelê tá me olhando.
Fiz pudim de côco,
caxinguelê tá me olhando.
Bolo de côco,
caxinguelê tá me olhando.
7.
Eu num é doutô
(Pedro Monteiro)
voz: Luiza Marmello
8.
mamãe foi pro jongo
(Eva Emely)
Ponto de despedida
voz: Dely Monteiro
Eu num é doutô,
eu num é “fermêro”.
Como vai tomá conta de butica na Piedade?
Eu num sabe lê,
eu num sabe “crevê”.
Como vai tomá conta de butica na Piedade?
butica = farmácia
Mamãe foi pro jongo,
papai ficou na ladeira.
Mamãe foi pro jongo,
papai ficou na ladeira.
De chapéu na mão,
papai ficou na ladeira.
Fumando o cigarro,
papai ficou na ladeira.
Choveu relampeou,
papai ficou na ladeira.
Neném tá chorando,
papai ficou na ladeira.
Neném qué mamá,
papai ficou na ladeira.
Papai subiu o Morro de São José
(Lazir Sinval)
Ponto de visaria
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